sábado, 30 de janeiro de 2010

Convido a pessoa pro meu aniversário, ela pergunta:
-O que vai ter lá?
-Sacanagem! Não! Não! Vai ter um almoço, um almoço!

Se tem uma coisa que eu não acho legal no mundo é ato falho.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

-Mãe, tô muito abalada. O carnaval tá chegando e eu ainda não tenho fantasia.
-Para de show, Renata. No carnaval todo mundo sai pelado.

Todo mundo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Eu

É uma sensação engraçada esta. Eu sou leitora de blogs, muitos, todos os dias, então acho que eu entendo. Sabe? Essa coisa de ler o blog e achar que conhece a pessoa e sabe tudo sobre ela.

-odeio petit gateau. Odeio com todas as minhas forças. Odeio petit gateau de todos os sabores. Não como, não como, não como.

-traduzo filmes e séries para DVD e nunca assisti a nenhuma tradução minha. Normalmente eu não assisto a DVDs com a legenda em português. E também assisto tantas vezes, enquanto traduzo, pra conferir se tá tudo certinho, que enjoo e não quero ver aquilo nunca mais.

-digito apenas com meus dois dedos indicadores. Digito assim desde que tinha uns oito anos e ganhei uma máquina de escrever de presente de dia das crianças. Eu digito rápido. Ninguém acredita quando eu digo que digito só com os indicadores. Eu também acho ridículo, mas já entendi que nunca vou aprender a digitar direito.

-sempre quis ser professora. Não me lembro de querer ser outra coisa. Já tentei viver só de traduções e, apesar de pagar melhor, senti muita saudade da sala de aula. Além disso, trabalhar em casa não tem tanta graça. Eu preciso de uma desculpa pra usar todas as minhas roupas.

-tive aniversários temáticos até os 12 anos. De temas comuns, tipo personagens da Disney até temas que só faziam sentido pra mim e pra minha mãe, tipo flores cor-de-rosa e natureza (o bolo foi uma borboleta). Eu já tive um bolo em forma de pandeiro, um em forma de boca, um em forma de bruxa, um que tinha a cabeça do Pato Donald. A cabeça acendia. Bizarro. Meu irmão já teve bolo de pipa, de tambor, de tartaruga ninja (era o Rafael, claro), do Batman.

sábado, 23 de janeiro de 2010

As pessoas me dizem coisas muito fofas. Mas também me dizem umas medonhas. Tipo "eu morro de medo de morrer sozinha. você tem medo de morrer sozinha?"

Cara, como assim medo de morrer sozinha? Eu não tenho nem 30 anos. Tá perguntando se eu tenho medo de morrer, tipo, atropelada semana que vem enquanto estiver atravessando a rua sozinha? Ou quer saber se eu sofro pensando que daqui a 50 anos não vou ter ninguém ao meu redor, nem amigos, nem marido, nem filhos, nem meu irmão? É isso?

Porque, se for, acho bom parar de maluquice.

Ah, lembrei também de uma coisa que sempre acontece. Meninos sempre me fazem uma pergunta muito estranha.

-Eu sou professora.
-Mas você ganha bem, né?

Cara, por que tá perguntando? Como é que isso pode ser da sua conta?

Não sei se acontece com todo mundo ou se tem alguma coisa em mim que inspira a pergunta. Só sei que ela sempre é feita. E eu fico sempre com aquela cara de q? O que eu posso dizer? Como eu posso responder essa pergunta? Qual é a resposta certa? Ganho bem, ganho mal, não ligo pra dinheiro, sou tonta e nem sei quanto eu ganho?

Eu só queria saber: por que eles perguntam isso? Será que eu tenho cara de quem não vai rachar a conta? Justo eu, que quero sempre pagar a conta toda só pra provar que eu pooooosso e não preciso de ninguéeeem.

Às vezes sinto um incômodo tão grande quando me fazem essa pergunta, que respondo "acho que mais do que você, hein?" que é pra todo mundo ficar incomodado igual.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

boy, don't try to front

-Então, ele me mandou um e-mail, né? Mostrando as fotos e tal. Aí, mandou pra mim e pra um milhão de pessoas. Cara, dei uma olhada na lista, SÓ mulher!
-Só mandou pra mulher?
-Sim! Era uma lista enorme e dava pra contar os homens nos dedos. Sério, a lista era composta por milhões de mulheres! Foi quando eu finalmente entendi.
-Womanizer, woman-womanizer, you're a womanizer.

Eu não preciso dizer mais nada. Ela tira de dentro da minha cabeça a música que eu estava cantando desde que recebi o e-mail.

Todo mundo junto agora:

I know you
Gotta clue, what you're doing?
You can play brand new to all the other chicks out here
But I know what you are, what you are, baby

Quando as pessoas me perguntam:
-E aí, tudo bem? Como você tá?

Por alguns segundos eu penso em contar a verdade, dizer que as coisas estão melhorando, mas ainda não tá tudo bem. Que alguns dias eu já consigo ficar feliz da manhã à noite, que tantas vezes agora meu sorriso é de verdade.

Mas é só por alguns segundos. De verdade mesmo eu respondo:
-Tudo ótimo. E você?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Eu sei que tô devendo um post de ano novo. Mas ando meio lenta, sem saber o que dizer sobre o ano que acabou, que foi estranho.

E isso eu tinha que vir aqui contar.

Que é pra vocês verem que eu não tô exagerando.

O último. Olha só o perfil dele no Orkut (rá, não vou mostrar de verdade), ele está na seguinte comunidade: A beleza exótica é a mais bela.

Tá bom?

Eu juro que é verdade.


não sei se ficou claro, mas esse não é o mesmo que me chamou de exótica. tá bom?